As 6 chaves para lidar com a dor crônica são:
1) Informações lhe dão poder de enfrentamento.
2) A dor é projetada para proteger.
3) Dor não é apenas uma experiência física.
4) TODAS as dores tem origem no cérebro.
5) Dor é uma opinião do seu cérebro, não um fato.
6) Para se livrar da dor, é preciso tratar o cérebro.
Seu cérebro recorda os "caminhos da dor" e, por causa disso, pode disparar uma dor que é sentida como uma lesão, mesmo tempos depois de já ter sido curada. Quando a dor se torna crônica, o cérebro se torna mais sensível, e dispara sinais de perigo mais frequentemente. Isso explica porque atividades que antes eram muito prazerosas podem agora ser dolorosas. Finalmente, como a dor passa a se introduzir em cada parte da sua vida, os seus pensamentos e sentimentos sobre a dor se tornam mais frequentes e negativos. Assim, os tipos de coisas em que você habitualmente pensa e presta atenção se tornam "carimbadas" ao longo do tempo, tornando-se difícil para o seu cérebro sair do ciclo dor-medo. Isso tudo não significa que a dor "está só na sua cabeça", ela é real. Mas o que as neurociências apontam hoje é que a dor crônica é indissociável de elementos menos "materiais" como lesão ou inflamação.
Por décadas a dor foi encarada na medicina como sinônimo de lesão em alguma parte do corpo, e MUITAS vezes alterações em exames de imagem, como ressonância magnética funcional, foram apresentadas aos pacientes como PROVAS da origem de suas dores. Nada mais ilusório. Temos que rever seriamente os conceitos em que acreditamos até hoje. O número de pessoas com alterações em exames de imagem da coluna, por exemplo, é surpreendentemente alto e não apresentam correlação com a dor que o paciente sente.
Não é preciso acreditar 100% de imediato, mas esteja aberto a esta possibilidade: a causa da sua dor pode ser a neuroplasticidade do cérebro, não as alterações nos seus exames. Este é o primeiro passo para começar a mudar o quadro.
