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  • Foto do escritorPaulo Rogério Aguiar

O caminho da dor crônica

Atualizado: 15 de mai. de 2021




Entendendo como a dor crônica se estabelece e como pode ir embora:


Passo 1. Experiências desafiadoras na infância, podem ensinar ao cérebro a entrar num "modo protetor" rapidamente, ativando o "alarme de perigo" mais rapidamente.


Passo 2. Estratégias de enfrentamento, como o perfeccionismo e a tendência a querer agradar as outras pessoas pode criar um estado permanente de tensão e vigilância no sistema nervoso.


Passo 3. Experiências traumáticas no ambiente da saúde, como cirurgias ou diagnósticos equivocados pode levar a um padrão mental de catastrofização, aumentando a atividade da amigdala (região cerebral) e a decorrente experiência de dores mais intensas.


Passo 4. Experiências de estresse no dia-a-dia da vida adulta, combinado com um sistema nervoso superprotetivo, frequentemente produz sintomas físicos, como dores de cabeça, dores no estômago e etc.


Passo 5. Eventos significativos de vida, como traumas, perdas ou mudanças (de cidade, de emprego, etc) frequentemente coincidem com o desenvolvimento de novos sintomas ou piora de sintomas pré-existentes.


Passo 6. O ciclo de sintomas crônicos pode começar a qualquer momento e a hiperatividade do sistema nervoso atinge seu limite. Isso pode começar com uma lesão física ou pode surgir aparentemente do nada.


Passo 7. Mudanças cerebrais também ocorrem quando a dor se torna crônica, fazendo com que o cérebro aja de forma protetora, detectando perigo e desencadeando dor mesmo quando não haja nenhum perigo real ao organismo.


Passo 8. Caminhos neurais aprendidos desenvolvem-se assim que a dor se torne crônica (período de dor maior do que 3 ou 6 meses criam vias neuronais hiperativas). Quanto mais o sistema nervoso ativa os sintomas (que são um sinal de alerta), mais fácil se torna ativá-los nas próximas vezes.


Passo 9. O estresse relacionado a dor contribui para o ciclo da dor alterando a vida diária, nível de atividade física, hábitos sociais, saúde mental e mais..


Passo 10. A "espiral da dor" continua a crescer, suprimindo atividades que potencialmente podem reduzir a dor com a "química da alegria" (atividades antes prazerosas), ao passo que o medo e a "vigilância" ganham terreno.


Passo 11. Conhecimento é o primeiro passo para reverter a espiral da dor. Simplesmente aprendendo sobre como a dor funciona pode ajudar a reduzir o crescimento do medo em torno dos sintomas.


Passo 12. Autodescoberta, que leva a um entendimento da jornada do sistema nervoso até a dor pode proporcionar um mapa de como fazer o caminho de volta.


Passo 13. A remodelação das vidas neurais de dor crônica requer paciência e consistência. Técnicas que podem ser úteis são: Educação em dor, meditação guiada, visualização guiada, terapia cognitivo-comportamental, escrita expressiva, apoio social/ de pares, e outras..


Passo 14. Novas redes neurais podem ser criadas, dando uma outra perspectiva para a dor. É possível ensinar à um sistema nervoso antigo novos caminhos. Alegria, gratidão e atividades físicas são hábitos poderosos que produzem uma química cerebral natural de alívio da dor. Quanto mais esses novos hábitos são praticados, mais eles vão fazer parte do sistema nervoso.


Passo 15. Novas perspectivas. Seguindo estes passos pode-se reduzir os sintomas físicos, mas esse não é o único benefício. O trabalho de "desaprender" a sentir dores crônicas impacta em cada aspecto da vida, possibilitando um aprendizado mais profundo do self, melhores relacionamentos, mais alegria nas atividades comuns do dia-a-dia, e a um relacionamento mais amoroso com o próprio corpo.


Tradução livre de postagem de Curable app.


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